Se você está lendo este texto, há uma boa chance de que esteja prestes a viver alguns dos melhores anos de sua vida: a faculdade longe da sua cidade natal!
Acredite, seja lá qual for a sua experiência, ela será inesquecível, ainda que certamente, vá enfrentar alguns percalços pelo caminho, como a moradia estudantil, por exemplo.
Para muitos de nós, é a primeira oportunidade de parar de ter uma relação mágica com as coisas.
Sim, porque, quando jovens, jogamos uma roupa suja no cesto e milagrosamente, ele aparece limpa, dias depois, cuidadosamente dobrada e guardada.
Na vida acadêmica, distante de casa, entretanto, tudo isso desaparece. Aí começa um jogo tenso em busca de um equilíbrio entre diversão, estudo e os probleminhas do dia a dia.
Um destes probleminhas, aparece logo de cara, quando começamos a pensar onde e com quem morar.
Exatamente quando surge a ideia de economizar, optando por uma república de estudantes.
Você passou no vestibular, então, imagino que saiba a origem da palavra: coisa pública, ou seja, de todos os cidadãos ou, neste caso, de todos os moradores.
O problema é que, na prática, imobiliárias não fazem aluguéis “coletivos”. Uma república para estudantes, sempre tem um único deles, como responsável pelo aluguel e demais contas do imóvel.
E se tem uma coisa muito comum entre estudantes universitários, é o bolso sempre meio vazio.
Além de todos os problemas burocráticos para lidar com proprietários e imobiliárias na hora de alugar um imóvel, você certamente encontrará pelo menos um caloteiro.
Mas, estas não são as únicas dificuldades, então, vejamos algumas dicas de ouro para montar uma república estudantil.
Principalmente no caso de república estudantil em prédios, muitos condomínios são avessos à sua presença.
Quando estiver visitando os possíveis locais, sua primeira tarefa é pesquisar os moradores, algo bem simples de fazer.
Converse com todos que encontrar pela frente. Quanto mais caras fechadas encontrar, menos amigável será o ambiente.
Em cidades com grandes universidades, como BH, por exemplo, há prédios praticamente destinados a formação de repúblicas. Prefira estes.
Normalmente, você viajará sem nada, precisando conseguir desde um colchão até coisas mais prosaicas, como garfos e facas.
Alguns apartamentos e casas destinados a repúblicas tem mobília, mas, nem sempre. A dica aqui é a seguinte: você não é o único estudante da cidade.
Há muitos outros chegando e também, indo embora. Há toda uma subcultura de venda e doação de móveis e utensílios usados, entre estudantes.
Procure pelos murais com anúncios em sua universidade. Só não espere luxo.
Finalmente, chegamos a parte dos relacionamentos, sem dúvida, a mais difícil. Basicamente, porque mistura todos os problemas cotidianos, com personalidades muito distintas.
Um problema muito comum é que o “dono” da república para estudantes, aquele que assina o contrato com a imobiliária, seja uma espécie de déspota esclarecido.
Embora seja um comportamento quase inevitável, tende a gerar revolta e eventualmente, motim. Uma boa ideia, é tentar conversar abertamente sobre os problemas da casa.
Mas, melhor ainda, é definir “espaços soberanos”. Ou seja, cada morador deve ter direito a, pelo menos, algum canto com privacidade e liberdade de escolha, desde mobília até a bagunça.
Algumas pessoas chegam as raias da neurose com limpeza, enquanto outras, extrapolam todos os limites do bom senso na bagunça.
A maioria, se espalha entre estes dois extremos. Você ouvirá muitas pessoas aconselhando a montar escalas de limpeza da casa, dias de lavar a louça e por aí vai.
Até pode funcionar, então, tente se quiser. Mas, conviver com outras pessoas, exige compreensão, sobretudo, quando são todos jovens, vivendo pela primeira vez fora de casa.
A dica é tentar evitar os extremos. Assim como a maioria das pessoas não gosta de sujeira, a mesma maioria, também não gosta de viver sob uma ditadura da limpeza.
Como dissemos no início, os caloteiros sempre existiram e continuarão existindo. Você encontrará alguns deles, sem dúvida.
E esta talvez, seja a única regra que nunca se deva quebrar. O raciocínio de um caloteiro padrão é o seguinte: deixa de pagar uma conta qualquer e vê o que acontece.
Se a reação for dura, ele pode tanto nunca mais repetir o procedimento e eventualmente, mudar de república, quanto pode, simplesmente, continuar não pagando até ser expulso.
Se a reação for mole, ele irá se aproveitar dos demais indefinidamente. Um único desses seres, pode comprometer a saúde de toda uma moradia estudantil.
Uma das coisas mais difíceis de garantir em uma república de estudantes, é a propriedade da comida.
Aquele refrigerante gelado que você guardou para outra hora, os últimos dois ovos da casa, aquelas três fatias de pão que sobraram, seja o que for, não necessariamente tem dono.
Funciona mais ou menos como a limpeza: você pode tentar etiquetar e separar espaços e prateleiras para cada morador, mas, na verdade, será muito difícil evitar pequenos “furtos”.
Mais uma vez, a dica é usar o bom senso: sumiços eventuais de comida, não devem ser um problema. Desaparecimentos constantes, sim.
Um último problema está na combinação de horários e interesses. Embora todos sejam amigos no início, ao longo do tempo as coisas mudam.
Se nos primeiros momentos, todos estarão empolgados, querendo festejar a vida nova, após algum tempo, uma rotina acabará se estabelecendo.
É neste ponto que alguns se distanciam de outros, pelos hábitos mais festeiros, reclusos, estudiosos ou o que seja.
Encontrar um ponto de equilíbrio, neste caso, dependerá muito da boa vontade do grupo. Em geral, os hábitos majoritários vencem e os incomodados, que se acostumem, ou se mudem.
Tudo que expusemos acima, se aplica a convivência humana, mas, principalmente, se aplica as repúblicas tradicionais.
Atualmente, existe pelo menos uma alternativa que elimina boa parte destes incômodos: os Hostels, cujo funcionamento geral, você pode descobrir aqui.
Se o seu caso for o de se mudar para Minas Gerais, para montar uma república em BH, você não precisa, necessariamente, lidar com aluguel e muitos dos demais problemas relacionados.
Conheça a BH Boutique Hostel e veja as opções para quem quer criar uma república entre amigos, mantendo os benefícios da aventura e descartando os percalços desnecessários.
De resto, independente da sua escolha, procure aproveitar esta fase. Ela passa muito mais rápido do que você pode imaginar.
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Um grande abraço e até a próxima. type=’text/javascript’>